sábado, 21 de agosto de 2010

Nos braços do mar

Se você quiser me encontrar
não vá muito longe,
não percorra caminhos incertos
porque eu estou em frente ao mar,
sentado, mansamente, ä sombra amiga
das velas brancas
das jangadas primitivas,
conversando sozinho, o olhar distante,
muito distante,
eu estou perdido, nos braços do mar.
Se você quiser me encontrar ,é fácil,
eu estou aqui, conversando com o mar,
meu médico, meu confidente,
o meu místico ser
que me impulsiona
a pensar seriamente
e sorver as suas lições.
No seu marulhar incessante,
na cadeia lógica do seu movimento,
na solidão da sua grandeza
eu ouço lições de sabedoria,
de humildade e equilíbrio
e, na ponderação me pergunto:
- Seria eu capaz
de conviver pacificamente
com os homens e o mundo
se me fosse dada a importância
que tem o mar, neste planeta?



Zeno Manickan

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