São Paulo, Viaduto do Chá.
Dia lindo, sol e vida.
A sombra da multidão nervosa
passa rápida.
Os homens e as mulheres
se acotovelam e correm e passam,
sem olhar definido!
Paro na sofreguidão
e aturdido, observo:
O homem perdeu a sua importância
no mecanismo estrangulador
da grande engrenagem.
Viaduto do Chá, São Paulo.
Noite de lua,
céu aberto,
salpicado de estrelas.
Espetáculo
para ser sentido,
mas os homens e as mulheres
nem percebem,
no empurrão do progresso
que existe, acima de cada um,
um universo palpitante,
extremamente belo
que deveria ser olhado
para não se perder
a noção do Equilíbrio.
Zeno Manickan
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